A Fonte

Felipe Quirino
30 nov, 2024

O brasileiro tem uma habilidade quase nata de fazer, o que muitos chamam hoje de “network”, uma rede de relacionamentos que possa trazer benefício mútuo e que, em determinadas situações, pode abrir possibilidades com maior facilidade. Esse ato em si não é pecaminoso, porém pode ser uma pedra de tropeço em nosso relacionamento com Deus. Quantas vezes você já não se viu fazendo negócios com nosso Pai celeste?

No texto inspirado, registrado em Marcos 11.20-25, vemos Jesus exortando seus discípulos a crerem em Deus sem vacilar, pois, ele pode conceder o pedem, ensinando-lhes, também, a perdoar seus ofensores em oração, pois o Senhor pode conceder perdão para suas próprias ofensas.

Em outras palavras, precisamos considerar a fonte de todo bem, Deus, antes das bênçãos que ele pode nos dar. Porém, o que ocorre com maior frequência em nossa vida é o contrário; ficamos mais focados naquilo que podemos receber de Deus, do que nele, a fonte.

O pecado faz com que o coração dos homens seja desconfiado sobre tudo e desacredite de qualquer pessoa que não a si mesmo. A humanidade é a medida de si mesmo e o parâmetro para validar as outras pessoas. Essa atitude autocentrada conduz, também, à desconfiança com relação a Deus. Assim, os homens se tornam infrutíferos, desconectados dele e incapazes de perdoar as falhas de outras pessoas. Porém, só no Senhor há solução, pois ele é a fonte de todo bem que concede boas dádivas aos que lhe pedem; ao mesmo tempo em que ele é o padrão para perdoar.

Portanto, tenhamos fé em Deus, pois somente ele pode nos dar o que pedimos. Em Marcos 11.20-25 lemos: “tudo quanto orai e estejais pedindo crede que recebais”. Essas exortações nos direcionam ao Senhor, tendo em vista a prática de oração a ele, os pedidos feitos a ele e fé na resposta que dele virá. Sendo assim, Jesus nos ensina a posicionar, primeiramente, nossos olhos na fonte do bem e não no bem em si.

Por vezes, parece que nos esquecemos de que a vida com Deus é por fé somente; é movida por certeza, convicção e esperança em quem e naquilo que não vemos (Hb 11.1). Quão grandioso é essa realidade e quão desafiadora para pessoas que ainda sofrem com as inclinações pecaminosas.

Graças a Deus por Cristo Jesus, pois nele recebemos perdão, temos acesso a um relacionamento verdadeiro com nosso Deus, podendo direcionar nossos corações a ele somente.

Qual é o nosso objetivo quando oramos, pedindo coisas? Muitas vezes, nossas orações refletem nossa fé na certeza de que o Senhor nos dará o que pedimos e não fé nele, como única fonte de bênçãos.

É urgente que intensifiquemos nossa prática de oração e que creiamos naquele a quem pedimos.