Casamento, segundo Deus

Felipe Quirino
28 set, 2024
Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave. Não obstante, vós, cada um de per si também ame a própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite ao marido. (Efésios 5:1-2;33)

É triste a constatação de que alguns tópicos ensinados pelas Escrituras são verdadeiros desafios à nossa fé, ou tornam-se grandes problemas para solucionar, dado o nosso apego pelo mundo e nossa inclinação pecaminosa.

O homem sem Deus luta contra as estruturas divinamente criadas, das mais complexas às mais básicas. Por outro lado, o regenerado pelo Senhor ainda luta contra sua antiga natureza, enquanto mortifica suas paixões, a partir da transformação que a Palavra executa no coração habitado pelo Espírito de Deus.

Um desses tópicos difíceis é o casamento, uma instituição divina, propriedade do Senhor, atacada com variedade de vezes, modos e motivações, causando grande destruição naqueles que são atingidos. No entanto, o maior problema para os relacionamentos é a dureza de coração dos homens, originada pela queda em pecado. Egoísmo, negligência e agressividade são as principais formas visíveis de endurecimento do coração, levando casamentos sadios à ruína irreparável. Os homens precisam crer em Deus para compreenderem seus propósitos criacionais, bem como para receberem o Espírito Santo que é capaz de destruir a dureza do coração e reparar os danos em um casamento abalado.

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Após a Queda, os relacionamentos foram conturbados, mas qual é a vontade de Deus para o casamento? Qual a estrutura instituída por ele? Qual a solução de Deus para o casamento?

Em determinado momento de seu ministério, Jesus ensinou que o divórcio é uma situação contrária à vontade de Deus, pois, desde o momento da criação do mundo, ele fez homem e mulher para se unirem sem a possibilidade de separação.

Duas áreas da vida são preenchidas pelo casamento. A primeira delas é a solidão, pois o casamento é o remédio para a solidão, visto que não é bom que o homem viva sozinho (Gn 2.18). O casamento é esse ambiente de conceder e receber amor (Gn 2.21-25; Ef 5.18-33). A segunda é a impureza, pois o casamento também é um remédio para a impureza (1Co 7). No casamento, podemos desfrutar das dádivas prazerosas que Deus planejou para os casados, sem incorrer no risco de pecar contra Ele; desde a união em si e o serviço mútuo, até à geração de filhos.

Ao longo da história, muitas alternativas abertas foram criadas para solucionar os dilemas no casamento. Porém, muitas delas, relacionadas à separação, ou separação e novo casamento, são antibíblicas, pois Jesus afirma que Deus fez o casamento para uma união indivisível e que, portanto, a separação torna-se adultério.

O que Deus uniu, o homem não pode separar. Aqui está o princípio fundamental, qual seja: como o casamento é uma instituição de Deus, isto é, Ele é o proprietário do casamento, todas as uniões são feitas diante Dele e precisam atender aos parâmetros que Ele mesmo estabeleceu.

Todo casal deveria entender isso e viver motivado pela afirmação de Cristo, pois, como o Senhor é dono do casamento, Ele é responsável pela união.