Não importa como é seu relacionamento com seu pai; seja um relacionamento constante e amoroso, frio e distante, ou ainda que você sequer tenha tido algum contato com seu pai: a presença ou ausência dele teve uma das maiores influências na pessoa que você é hoje. Por isso, independente do sentimento que o dia de hoje lhe traga, independente do que a palavra “pai” significa para você, eu gostaria de lhe apresentar ao Pai da paternidade: Deus [Efésios 3:14-15].
O Pai da Paternidade
Deus, sendo o Criador de todas as coisas, escolheu maneiras quase inimagináveis para nós de se revelar à humanidade. Imagine que você é um pintor e, em cada uma de suas obras, revela uma característica de seu caráter e de sua personalidade. Deus fez isso, só que ele usou toda a sua criação. Por exemplo, para revelar ao homem Sua grandeza, Deus criou o universo de um tamanho colossal (aí é só você multiplicar esse tamanho pelo infinito, e talvez chegue perto do tamanho de Deus).
Da mesma forma, Ele criou a paternidade. Nos primórdios, Deus usou a família para se revelar ao mundo. Ele usou os patriarcas (grego: patér, pai + arché, primeiro) para que, através deles, fosse demonstrado o tipo de relacionamento que ele intentava para com seu povo. O propósito de Deus era que o relacionamento de um pai e seu filho retratasse o relacionamento dEle para com todo aquele que ele chama de seu filho.
Cristo, o Filho Unigênito
Deus Pai sempre viveu em plena comunhão com o Deus Filho, aquele que encarnou em um determinado ponto da história, mas que, contudo, já existia antes mesmo que qualquer matéria existisse [João 1:1-3; 8:58]. Jesus é chamado pela Bíblia de o “Filho Unigênito” [João 3:16], ou seja, o único Filho gerado. A grande pergunta que poucas pessoas se fazem é: se Jesus é o único filho, então Deus não é pai de todos os seres humanos? A óbvia resposta é que Deus não é o pai de todos os seres humanos. O ser humano, assim como os animais, as plantas e tudo o que há na terra, é apenas uma criatura de Deus, só que feita à sua imagem e semelhança. Apesar do famoso dito “também sou filho de Deus”, em nenhum lugar a Bíblia deixa a entender de que todo ser humano é filho de Deus. Cristo é o único Filho.
Um Pai Adotivo
Uma das coisas mais maravilhosas a respeito da paternidade de Deus é que ele é o Pai da Adoção. Para que Deus pudesse nos redimir, alguém teria que pagar a nossa dívida, que é literalmente infinita. Seu único Filho Gerado, Jesus, tomou forma humana e pagou a dívida que constava contra nós. Todo o castigo que nos era devido recaiu sobre Jesus. A todos aqueles que recebem a Cristo, é dado o direito de serem chamados filhos de Deus [João 1:12]. Estes são nascidos de Deus [João 1:13]. Nós recebemos o espírito de adoção, pelo qual podemos chamá-lo de Pai [Romanos 8:15]. Através desta adoção, podemos herdar tudo o que os filhos têm direito [Romanos 8:17; Mateus 7:11], sendo a mais importante herança: a vida eterna em plena comunhão com Deus — o nosso Pai.
Caso Deus seja seu Pai, honre-o hoje. Caso você ainda não tenha o direito de ser chamado filho de Deus, entregue-se completamente ao senhorio do Filho Unigênito. Lembre-se que a vida é como uma neblina, e amanhã pode ser tarde demais.
Texto de Alan Cristie (adaptado). Disponível em: https://voltemosaoevangelho.com/blog/2012/08/o-pai-da-paternidade/